28/06/2021
Flexibilização com o IRPJ é bom sinal diz dirigente
Chikao Nishimura, vice-presidente da associação comercial de Pompeia, fala sobre o IRPJ que vai diminuir
O vice-presidente da Associação Comercial e Empresarial de Pompeia, Chikao Nishimura, considerou como bom sinal por parte do Governo Federal, esta segunda fase da reforma tributária, com a proposta de redução no Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) dos atuais 15% para 10%. De acordo com o dirigente de pompeia esta flexibilização beneficiará boa parte do empresariado em geral. A mudança na alíquota deve ocorrer em duas etapas: para 12,5%, em 2022 e para 10% em 2023. O texto da reforma foi entregue ao Congresso Nacional pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. “É um bom começo, mais ainda precisamos rever outros impostos que estrangulam o empresariado em geral”, disse o dirigente da associação comercial, ao elogiar a iniciativa do Governo Federal, neste sentido.
Esta medida valerá para empresas de todos os setores, com exceção daquelas que aderiram ao Simples Nacional, que têm regime de tributação diferenciado. Além da alíquota geral, hoje as empresas pagam um adicional de 10% para lucros acima de R$ 20 mil por mês. Pelo projeto, esse adicional vai permanecer. Com a redução dos impostos para empresas, a expectativa do governo é favorecer os investimentos e a geração de novos postos de trabalho. “Isso vai acontecer gradativamente, mas ainda precisamos de mais atenção por parte dos Governos Estadual e Federal, para termos condições de nos fortalecer depois desta pandemia”, comentou o vice-presidente da diretoria de Pompeia.
A Reforma Tributária é um desejo antigo do setor empresarial por afetar diretamente na contratação de mão de obra e principalmente no preço final de produtos e serviços. De acordo com o presidente da associação comercial de Pompeia, Rinaldo José Traskini, os Governos Estadual e Federal recolhem muitos impostos e taxas que necessitam de uma revisão ampla e irrestrita. “A quantidade de imposto é enorme e tenho a absoluta certeza que boa parte do empresariado brasileiro paga imposto sem saber para que e porque”, disse o dirigente ao acreditar que a revisão ajudaria simplificar e diminuir a carga tributária. “Talvez seja isso que prejudica uma reforma ampla e irrestrita”, comentou ao lembrar que mesmo passando por um pandemia jamais vista, o setor empresarial pagou do começo do ano até os dias de hoje, R$ 1,2 trilhão através dos impostos. “Somente o Estado de São Paulo é responsável por 37% do recolhimento destes impostos pagos”, comparou.
Observando o placar eletrônico do “impostômetro”, criado para acompanhar a quantidade arrecadada pelos Governos Municipal, Estadual e Federal, somados a cidade de Pompeia já recolheu mais de R$ 4,2 milhões entre impostos localizados na União, no Estado e no município, somente este ano. “Em tempos normais os valores são seriam tão diferentes com este, pois, independente de as lojas estarem abertas ou fechadas, o pagamento de impostos é compulsório”, alertou o presidente da associação comercial de Pompeia ao lembrar de alguns casos em que o Governo Estadual postergou o pagamento de alguns impostos. “Isenção não houve e sim parcelamento e até extensão do prazo de quitação”, recordou Rinaldo José Traskini que acredita ser este um dos motivos do fechamento de muitas empresas na região. “Sem receita não tem como pagar imposto”, comparou.