02/10/2020
Pesquisa mostra aumento da confiança do consumidor
A vice-presidente da associação comercial de Pompeia, Marineves da Silva Barros Souza, fala sobre pesquisa de confiança
A vice-presidente da Associação Comercial e Empresarial de Pompeia, Marineves da Silva Barros Souza, considerou como animador o estudo que mostra que a população em geral está com melhor percepção para o futuro, principalmente quanto a economia do País. “Isso pode ser um bom sinal, afinal, o consumidor só irá investir nas lojas se tiver segurança”, comentou a dirigente pompeiana ao verificar a pesquisa encomendada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) que aponta o comportamento do consumidor paulista como mais confiante em relação à economia, após o relaxamento do isolamento social. Os números registrados em agosto e setembro são de 83 pontos, dez a mais que maio e junho, pico pessimista do ano.
De acordo com a dirigente da associação comercial, a cidade de São Paulo por ser a maior da América do Sul dita a tendência do comércio no Brasil, principalmente no interior paulista. “Só para se ter uma ideia, o auge de 2020 foi em fevereiro, com 102 pontos, período em que ainda não havia pandemia provocada pelo novo coronavírus”, comparou Marineves da Silva Barros Souza, apontando para a pandemia como o maior problema a ser enfrentado nos últimos meses tanto para comerciantes como para consumidores. “O inesperado prejudica a todos”, falou ao lembrar do fechamento compulsório das lojas de forma imediata. “Nunca passamos por isso, e naturalmente pegou todos de surpresa”, lembrou ao acreditar que a fase pior já tenha passado.
Os pesquisadores ouviram pessoas pertencentes às classes A (4,8%), B (30,7%), C (53,5%); e D e E (11%), de janeiro a setembro. A maioria dos consumidores estava concentrada no interior (37,4%) e na capital (36,2%). A fatia menor ficou para moradores da região metropolitana (20%) e do litoral (6,4%). “De maio para cá existe uma tendência de aumento na confiança, embora ainda estejamos no campo pessimista”, disse Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP. “No entanto, a percepção em relação ao futuro e à economia do Estado está melhorando”, acrescentou.
Foi perguntado aos consumidores se eles acham que, em seis meses, a economia do Estado ficará mais fraca (muito ou um pouco mais), se será parecida com o que já é ou se estará muito mais forte. Os entrevistados mais pessimistas, que falaram que tudo estará pior, concentraram-se mais em março, abril e maio (com 51, 56 e 53 por cento respectivamente). O humor do paulista, porém, melhorou gradativamente nos meses subsequentes. Em agosto e setembro, houve registro de apenas 22% de pessoas com menos confiança na economia daqui para frente. No início do ano (janeiro e fevereiro), só 10% enxergava um cenário ruim. A parcela dos que acreditam em um futuro melhor também cresceu em agosto e setembro (38 e 36 por cento, respectivamente) comparado aos meses de pico da pandemia, enquanto que os números dos que acham que nada mudará dentro de seis meses oscilaram de janeiro a setembro.