23/09/2020
Pesquisa do IBGE mostra impacto da quarentena
Rinaldo José Traskini, presidente da associação comercial de Pompeia, animado com os próximos meses
A “Pesquisa Pulso Empresa: impacto da Covid-19 nas empresas”, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi analisa pelo presidente da Associação Comercial e Empresarial de Pompeia, Rinaldo José Traskini, que considerou como interessante, diante da adaptação rápida que o comércio teve com a surpresa da quarentena, que obrigou muitas lojas a fecharem de forma imediata sem previsão de retorno. “Nunca havíamos passado por isso”, recordou Rinaldo José Traskini ao verificar que 3,2 milhões de empresas em funcionamento no país na primeira quinzena de agosto, 38,6% indicaram que a pandemia afetou negativamente as atividades, enquanto que 33,9%, o efeito foi pequeno ou inexistente e, para 27,5%, a pandemia foi positiva.
Segundo o dirigente de Pompeia as empresas de maior porte e intermediárias foram as que mais sinalizaram melhora de percepção. Os resultados da quinta rodada da pesquisa realizada pelo IBGE, refletem as percepções das empresas em funcionamento ao final da primeira quinzena de agosto, frente à segunda quinzena de julho. De acordo com o IBGE, a percepção de impacto negativo mantém-se e é maior entre as empresas de pequeno porte, de até 49 funcionários (38,8%), e menos intenso entre as empresas intermediárias (de 50 a 499 funcionários) e as de maior porte (acima de 500 empregados), que indicaram maior incidência de efeitos pequenos ou inexistentes na quinzena – respectivamente 44,7% e 46,6%.
Para Flávio Magheli, coordenador da pesquisa do IBGE, é preciso verificar alguns detalhes nas estatísticas. “A cada quinzena aumenta a percepção de efeitos pequenos ou inexistentes ou positivos entre as empresas de maior porte”, disse ao enxergar as empresas dos setores de construção (47,9%) e comércio (46,3%) reportarem as maiores incidências de efeitos negativos na quinzena. Por outro lado, no setor industrial, 38,9% relataram impactos pequenos ou inexistentes e, no setor de serviços, a incidência foi de 41,9%, com destaque para os segmentos de informação e comunicação (61,5%) e serviços profissionais e administrativos (45,6%).
Sobre o volume de vendas, Rinaldo José Traskini notou que a percepção de redução nas vendas afetou mais o comércio, que passou de 29,5%, na segunda quinzena de julho, para 44,5%, com destaque para o comércio varejista, que subiu de 29,7% para 48,9%. “Tudo isso por causa das incertezas”, acredita o dirigente pompeiano ao verificar, em seguida, o aparecimento do setor da construção (36,2%), indústria (30,8%) e serviços (29,7%). “O varejo foi o mais atingido, pois, a percepção de redução atinge 36,1% das empresas”, destacou o presidente da associação comercial de Pompeia, que está esperançoso quanto a flexibilização do Plano São Paulo, torcendo para a ampliação para a fase verde em que mais empresas e prestadores de serviço terão condições de trabalhar. “Estamos nos preparando para o Dia das Crianças, Bçack Friday e de olho no Natal”, falou animado.