Valdenice Aparecida Lacerda Valderramas, gerente administrativa da ACE de Pompeia, fala sobre a alternativa financeira
Em período de pandemia com a maioria das lojas funcionando de forma limitada, a necessidade de crédito para a manutenção da empresa e de empregos, tem sido a principalmente angústia de vários empresários, porém, a liberação deste crédito governamental tem sido complicado de conseguir. Segundo o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Pompeia, Rinaldo José Traskini, 87% dos pequenos negócios no país registraram queda de faturamento mensal por conta da pandemia, colocando em risco o trabalho e esforço de anos do empreendedor. “É preciso levar crédito acessível e orientação para o pequeno empreendedor”, disse o dirigente ao ouvir reclamação sobre a dificuldade e a demora de uma solução neste sentido. “O Sebrae-SP se uniu às “fintechs” BizCapital e Nexoos para viabilizar o Programa de Crédito Retomada, iniciativa para fazer os recursos chegarem mais rápido para pequenos negócios em busca de financiamento”, anunciou o dirigente paulista ao falar sobre o programa que prevê condições facilitadas, com carência de seis meses, prazo de pagamento de até quatro anos e taxas de juros de até 0,7% ao mês.
Criado para ajudar o pequeno empreendedor na superação dos impactos causados pela crise do Covid-19, a expectativa é atender, na primeira fase, cerca de três mil empresas, com desembolso total de R$ 50 milhões. “Todo o processo de solicitação do empréstimo é feito “on-line”, sem burocracia e sem exigências de garantias”, disse Valdenice Aparecida Lacerda Valderramas, gerente administrativa da associação comercial pompeiana. “A operação do Programa de Crédito Retomada será feita pelas “fintechs”, e o Sebrae-SP vai atuar como orientador”, explicou a dirigente que considera oportuno a busca por mais informações sobre o programa. “Todos os participantes do programa serão acompanhados por especialistas, por meio de consultorias individuais e encontros coletivos remotos”, explicou Valdenice Aparecida Lacerda Valderramas.
O programa é voltado para os Microempreendedores Individuais (MEI), Produtores Rurais e Microempresas (ME) com sede no estado de São Paulo, criadas há mais de 12 meses, e com necessidades de recursos para amortecer os impactos da crise. Os MEIs e Produtores Rurais terão acesso a até R$ 20 mil, com juro zero. Já as Microempresas terão um limite de até R$ 60 mil com taxas de 0,35% a 0,7% ao mês. O pagamento terá carência de seis meses. No total, o empreendedor terá de 36 a 48 meses para quitar o valor emprestado. Além da parceria com as “fintechs”, o programa prevê a participação das adquirentes, maquininhas de cartão de crédito, na concessão dos empréstimos, aproveitando a capilaridade e o relacionamento com os pequenos negócios.
De acordo com Valdenice Aparecida Lacerda Valderramas o valor poderá ser usado para capital de giro, pagamento de salários atrasados, de contratos e aluguel, dentre outras necessidades atreladas ao negócio do pequeno empreendedor. O crédito será liberado em duas parcelas e, será necessário comprovar o uso dos recursos no próprio negócio. “Os interessados no programa podem se cadastrar no site do programa (
https://creditoretomada.com.br/) ou então pelo portal do Sebrae (
http://www.sp.agenciasebrae.com.br/), para mais detalhes”, disse a dirigente ao considerar importante o empresariado avaliar esta possibilidade. “Pode ser a solução momentânea para muitos”, acredita.