16/07/2020
Dirigentes de Pompeia alertam para a preocupante realidade
Rinaldo José Traskini, presidente da associação comercial de Pompeia, lamenta a situação no varejo no dia da celebração
O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Pompeia, Rinaldo José Traskini, faz uma saudação aos comerciantes pompeianos na celebração do Dia do Comerciante, celebrado sempre no dia 16 de Julho, como sendo uma data importante para uma reflexão sobre a realidade que o setor varejista está vivendo. “Não há muito o que comemorar”, disse o dirigente em tom de preocupação diante das incertezas econômicas, em virtude da pandemia do Covid-19, que obriga o comércio em geral a ficar de quarentena contra a proliferação do vírus. “Pior do que a quarentena, são as idas e vindas das mudanças de fase que influencia no funcionamento do comércio”, reclamou o dirigente que acredita estar no retrocesso de fase o pior momento para o comércio. “Fechar já é algo terrível, mas abrir para depois voltar a fechar é pior ainda”, destacou.
Na opinião do presidente da associação comercial pompeiana a paralisação do comércio em geral não dá motivos para comemorar. “A extensão da quarentena está tirando o fôlego de muitos empresários”, alertou o dirigente que vem conversando com alguns deles desde o final de Março e neste quarto mês de quarentena já fez muitos deles desistirem de continuar. “Não está sendo fácil manter a loja e os empregos sem receita”, apontou. “Sem venda comércio algum consegue se manter”, falou ao dizer o óbvio ao mostrar a objetividade. “As vendas eletrônicas, ou até as mudanças para "drive thru" ou até mesmo "delivery" necessitam de tempo para se manterem perto do que é a venda presencial”, disse ao mostrar a instabilidade.
Rinaldo José Traskini por outro lado afirma que o comerciante é um “herói” e que suportará mais esta crise, como tem suportado crises anteriores. “Tudo bem que esta é a maior de todas e talvez incomparável”, destacou. “Mas aquele que superar tudo isso, terá que mudar uma série de conceitos, hábitos e formas de trabalhar por que o consumidor mudou”, falou ao verificar as tendências e principalmente a adequação ao mundo virtual. “A entrada forçada no e-commerce está sendo trabalhosa, principalmente pela questão da instabilidade da abertura”, falou ao desejar que o processo de transição tivesse sido menos traumático. “O comerciante está aberto as mudanças e transformações de forma natural”, disse ao citar o ingresso dos cartões de crédito, débito e de benefícios, e principalmente os pagamentos eletrônicos e a pronta entrega, como algumas mudanças absorvidas naturalmente. “Mas quando a mudança é forçada isso pode causar estragos na empresa que demorarão para ser adequados”, falou com experiência no varejo.
A previsão do mercado financeiro para a queda da economia brasileira este ano foi ajustada de 6,54% para 6,50%. A estimativa de recuo do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – foi divulgada pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos. “Nesse caso todos sofrerão com a queda e não só o varejo”, acrescentou. “Mas o varejo é quem sente mais e mais rápido”, falou ao pedir cautela, tolerância e paciência para os comerciantes em geral na celebração do dia dedicado ao profissional mais antigo em atividade: o comerciante.