10/07/2020
57% das empresas já sofreram impacto da crise, diz pesquisa
Marineves da Silva Barros Souza, vice-presidente da associação, fala sobre pesquisa da Boa Vista
A vice-presidente da Associação Comercial e Empresarial de Pompeia, Marineves da Silva Barros Souza, considerou interessante a pesquisa realizada pela Boa Vista, com micro, pequenos e médios empresários, que constatou o índice de 57% das empresas que já sofrem de forma direta os impactos da pandemia do Covid-19, e que ao menos 41% delas sofrem com o fluxo de caixa por conta da quarentena, que obrigada a maioria das lojas a estarem fechadas para evitar aglomeração e contágio do vírus. “O pior que, diante da situação, os próximos números da pesquisa serão piores”, disse em tom de alerta a dirigente pompeiana que se mostra preocupada com a situação e acredita que muitos empresários não aguentarão manter as lojas. “Está começando a ficar desesperador”, disse a dirigente.
Segundo a pesquisa 66% das MPMEs tiveram retrações a partir de 41% em suas vendas, ao passo que pouco menos da metade (49%) teve diminuição de 41% ou mais nos recebimentos dos clientes. Para o estudo, a Boa Vista ouviu 354 micro, pequenos e médios empresários, representantes dos setores da indústria e do comércio, em todo o Brasil. “Uma tendência que não deve ser diferente em diversas regiões do País, principalmente em Pompeia”, falou ao afirmar ser uma pesquisa que reflete a tendência do varejo em geral. “A pesquisa também ouviu os empresários sobre suas expectativas em relação à recuperação dos negócios”, acrescentou a vice-presidente ao verificar que apenas 26% dos entrevistados esperam uma melhora na manutenção do negócio, considerando vendas, recebimentos e pagamentos, ao final dos próximos três meses, enquanto 34% preveem estabilidade neste período e 40% acreditam numa piora.
Para Marineves da Silva Barros Souza os entrevistados ao serem perguntados sobre quais necessidades, caso atendidas, ajudariam a recuperar o negócio, a maioria apontou a conquista de novos clientes (57%) além de driblar a inadimplência (43%) e ampliar a atuação no mercado (39%). “O dinheiro prometido pelos Governos Estadual e Federal não chegou para quem precisa”, reclamou ao notar que a necessidade é ter clientes e não apenas dinheiro. “Se reabrir o comércio, ele mesmo de adapta e se recupera de forma natural”, defende Marineves da Silva Barros Souza ao lembrar que toda crise criada pela sociedade, o comércio sempre se superou. “Não seria diferente agora, pois, o que as lojas precisam é de clientes”, afirmou com experiência no varejo.
Uma situação é fato, segundo a vice-presidente da diretoria. O varejo terá outro comportamento, e a pesquisa mostrou que se destacaram, também, acesso a outros canais de vendas (13%), ter outros canais para pagamentos e links de pagamentos (13%), e garantir entregas através de empresas de logística (10%), necessidades que podem ser supridas por meio de parcerias em negócios. “Isso quer dizer que a pandemia fará com que o lojista reveja o próprio negócio”, disse ao verificar na pesquisa, que as parcerias de negócios foram lembradas por 71% dos entrevistados que as consideram importantes para pagamentos e recebimentos “on-line”. Para os que utilizam o e-commerce, 55% acreditam que as parcerias importam, enquanto em relação a entregas de mercadoria, estes são 40%.
Para ajudar a garantir o recebimento e ampliar as vendas, a Boa Vista aconselha medidas como ações de prospecção de novos clientes; segmentação e qualificação de clientes para ação de marketing, assim como de recuperação de crédito e de cobrança. “As informações do Cadastro Positivo também já enriquecem soluções que podem ajudar o empresário na tomada de decisões mais assertivas, que ajudam a minimizar a inadimplência”, defende Marineves da Silva Barros Souza.