18/06/2019

Valdenice Aparecida Lacerda Valderramas, da associação comercial de Pompeia, preocupado com o valor das dívidas no comércio

Levantamento do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) da Associação Comercial e Empresarial (ACE) de Pompeia, mostra dentro do quadro “ocorrência por faixa de valores”, que a maior quantidade de dívidas existente no comércio pompeiano está acima de R$ 500,00, valor considerado elevado para os padrões dos consumidores da cidade. “Isso não é nada bom”, disse o presidente da entidade, Rinaldo José Traskini, em tom de preocupação ao observar os dados apresentados pelo órgão que mede a intensidade da inadimplência no comércio local. “Das 1.935 dívidas existentes de janeiro a junho, 1.029 são acima de R$ 500,00”, disse o dirigente ao verificar os dados apresentados pelo sistema de consulta da associação comercial de Pompeia.

De acordo com os números apresentados no levantamento realizado, nestes primeiros cinco meses do ano existem: 50 registros de dívidas acima de R$ 50,00; outras de 273 acima de R$ 100,00; as 1.029 girando acima dos R$ 500,00; mais 338 dívidas que superam os R$ 1.000,00; outras 174 dívidas que chegam a R$ 2.000,00 e os 116 registros de dívidas que estão acima dos R$ 2.000,00, somente entre as lojas do comércio de Pompeia. “É importante que o comerciante faça esse registro para que seja possível mensurar como está a inadimplência do comércio em nossa cidade”, ressaltou Valdenice Aparecida Lacerda Valderramas, gerente administrativa da ACE de Pompeia, que mensalmente observa os dados apresentados pelo SCPC local.

Para Rinaldo José Traskini esses valores são considerados elevados para um varejo do porte de Pompeia. “Para uma pequena ou micro empresa, isso pode causar o fechamento de uma loja”, disse em tom de preocupação ao verificar nos dados apresentados pelo SCPC da ACE de Pompeia, a existência de sete consumidores com cinco registros cada. “Isso quer dizer que sete pessoas estão com cinco dívidas cada entre as lojas da cidade”, destacou ao mostrar a importância do registro dos débitos no sistema, para evitar que outros lojistas vendam para aqueles que estão inadimplentes em outras lojas. “O registro é uma proteção entre os lojistas”, frisou Rinaldo José Traskini ao ver 252 consumidores com dois a cinco registros de débitos no sistema. “É muita gente com mais de uma dívida entre as lojas da cidade”, falou preocupado ao imaginar aqueles comerciantes que não registraram as dívidas existentes. “Certamente esse número é maior”, acredita. “Com um registro apenas, são 75% dos devedores no total”, pontuou.

Outra informação que assustou os dirigentes da associação comercial de Pompeia é que as 116 dívidas acima de R$ 2.000,00 registradas, representam R$ 506.053,50, também considerado elevado para os padrões da cidade. “Precisamos encontrar uma alternativa de evitar que esse valor cresça e até mesmo de tentar recuperar parte dele”, disse Valdenice Aparecida Lacerda Valderramas que sugere mais cuidado ao aprovar o crediário e a tentativa de qualquer acordo para reaver o valor perdido na venda. “Quando o comerciante vende e não recebe, além de perder o produto e ficar sem o dinheiro correspondente, tem ainda os valores da comissão e da compra do produto que se perdem, além dos impostos que são pagos, independente de ter recebido ou não”, lembrou a dirigente de Pompeia ao sugerir muita cautela nessas horas. “Dai a importância de se consultar o SCPC da associação comercial, antes de vender pelo crediário”, ensinou.