04/06/2019
VAREJO - Crescimento anima comerciantes de Pompeia
Apesar das justificativas, dirigente da ACE de Pompeia considera crescimento nas vendas como importante
O presidente da Associação Comercial e Empresarial (ACE) de Pompeia, Rinaldo José Traskini, considerou oportuna a informação do crescimento no varejo em geral na ordem de 6,1%, de acordo com pesquisas desenvolvidas pela Associação Comercial de São Paulo que dita a tendência varejista no Brasil. “Nesta época do ano, quase no final do primeiro semestre, é sempre bom perceber que o crescimento está acontecendo”, disse animado o dirigente pompeiano ao observar a comparação com o mês de maio do ano passado, e ainda perceber que as transações a prazo aumentaram 6,7%, enquanto as comercializações à vista avançaram 5,4%. “Normalmente nesta época do ano as vendas se apresentam mais aceleradas”, falou ao lembrar das incertezas políticas e econômicas que estão travando o ritmo no comércio.
De acordo com o dirigente da associação comercial de Pompeia o ano não começou bem, houve o atraso do aquecimento nas vendas por causa do carnaval no mês de março, e ainda, de quebra, o comportamento instável do Governo Federal com as complicações política em torno da aprovação, ou não, das Reformas da Previdência. “Isso, querendo ou não, está afetando diretamente a economia”, reclamou Rinaldo José Traskini que percebe o receito do empresariado em investir nesta insegurança. “O Governo precisa sinalizar ações mais seguras e convictas”, falou ao lembrar que no ano passado houve a greve dos caminhoneiros que “bagunçou” as vendas naquela período. “A base de comparação foi afetada”, admitiu ao observar o crescimento natural deste ano, em razão da quase paralisação das vendas no ano passado.
Para o presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Alfredo Cotait, o resultado apresentado na pesquisa da Associação Comercial de São Paulo parece animador, mas deve ser visto com cautela. “A base de comparação é fraca por causa da greve e do calendário com um dia útil a mais em maio de 2019”, resumiu o dirigente que tem acompanhado a performance do varejo em geral e estar em estado de atenção permanente. “O comportamento do Governo Federal está sendo o principal termômetro das consequências no comércio”, disse com cautela e lamentar questões políticas afetarem questões econômicas.
Por outro lado os números deste balanço mostram que de janeiro a maio de 2019 o movimento de vendas do comércio de SP avançou 2,6%. “Esse dado dos cinco primeiros meses do ano acompanha a evolução da massa salarial e a cautela do consumidor, que aguarda alguma recuperação do emprego para, então, voltar a comprar”, resumiu Alfredo Cotait, presidente da Facesp e da ACSP. “Crescimento nas vendas é sempre importante para que tenhamos a segurança de que estamos no caminho certo e que a expectativa tende ser a melhor possível”, falou animado ao verificar que o sistema a prazo (1,2%) foi menor do que o sistema à vista (4%), tendo como justificativa de que o primeiro índice reflete o receio do consumidor de se comprometer com dívidas, ao passo que o segundo envolve produtos mais básicos e necessários para o dia a dia. O Balanço de Vendas é elaborado pelo Instituto de Economia da ACSP com base em amostra da Boa Vista SCPC.