27/05/2019
Dirigentes de Pompeia participam de evento em SP
O ministro Paulo Guedes fala em cerimônia da Facesp, em São Paulo, alertando o empresariado
A gerente administrativa da Associação Comercial e Empresarial (ACE) de Pompeia, Valdenice Aparecida Lacerda Valderramas, e o integrante do Conselho Fiscal da entidade, Adalberto de Oliveira Bento, participaram da cerimônia de posse do presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) para o biênio 2019/2021, Alfredo Cotait Neto, em solenidade no Clube Monte Líbano, na zona sul da capital paulista, quando também foram empossados os integrantes da diretoria executiva e os 20 vice-presidentes da Federação, representando as regiões administrativas paulistas. A cerimônia contou com participação do ministro da Economia Paulo Guedes, do governador João Doria e do prefeito Bruno Covas. Compareceram ao evento 1.700 empresários e autoridades federais, estaduais e municipais. “Foi um evento bastante concorrido e de interessante conteúdo político e econômico”, disse a gerente administrativa da ACE de Pompeia.
Empresário, engenheiro e ex-senador, Alfredo Cotait Neto frisou que “o País está saindo de um modelo de dependência do Estado para uma economia liberal em meio a uma profunda recessão e esgotamento do sistema político da nova república”. Ele acrescentou que essa mudança de paradigma “irá colocar o setor privado como principal agente do desenvolvimento”. O presidente da Facesp destacou a importância da Medida Provisória da Liberdade Econômica, que representa, segundo ele, um importante passo para reduzir o intervencionismo e a burocracia, “atendendo aos anseios de liberdade para empreender, defendidos historicamente pela Facesp e pelas associações comerciais de todo o Brasil”. Cotait defendeu que a reforma da Previdência precisa ser profunda, pois somente assim o Brasil poderá entrar no caminho do equilíbrio fiscal. “A reforma precisa ser profunda, com os parâmetros da proposta enviada pelo governo ao Congresso, pois além de seu impacto positivo sobre as contas públicas e na redução das desigualdades, representa importante sinalização do empenho em busca do equilíbrio fiscal, devolvendo a credibilidade necessária para que os investimentos externos, hoje em compasso de espera, retornem ao Brasil”.
Para Valdenice Aparecida Lacerda Valderramas a presença do Ministro Paulo Guedes foi a diferença. Ele ressaltou que as associações comerciais são agentes importantíssimos para a geração de emprego e riquezas. Chamou atenção para o desequilíbrio fiscal pelo qual o Brasil vem passando. “Todo dia tem um barulho, um desentendimento, mas não se deixem levar por esses sinais. O sinal que realmente importa é que o Brasil teve 30 anos de desenvolvimento baseado em empresas estatais. Quando fizemos a transição para o regime politicamente aberto, que foi a redemocratização, era natural que fossem carimbados gastos com saúde e educação. Mas definiu-se também que a liberdade econômica e o direito de cada cidadão empreender é a regra. E não a exceção. O cidadão tem que ser capaz de fazer tudo desde que não infrinja a lei. E no Brasil, está o contrário: tudo é proibido a não ser que o governo permita. O Brasil inverteu tudo”, criticou. O ministro definiu a Previdência como “fábrica de privilégios”. O governo brasileiro, disse ele, “saiu de 18% do PIB de gastos e chegou a 45%, no pico do governo Dilma”. Para ele, o presidente Jair Bolsonaro é “patriota, intenso, determinado e disposto a pagar o preço de enfrentar uma ordem política que ele não considerava interessante e que a população brasileira disse ‘vamos mudar’”. Guedes declarou que daqui a 60 ou 90 dias a reforma da Previdência deverá ser aprovada.