06/02/2019
Janeiro marca crescimento de 2,6% diz dirigente
Clarissa Zanoni Kera Arantes, secretária da diretoria da ACE de Pompeia, comenta sobre o comportamento do varejo
Diante da grande expectativa positiva nas vendas no comércio varejista em 2019, o mês de Janeiro já demonstra sinais de que a economia está se firmando e que as vendas estão acontecendo. De acordo com a secretária da diretoria da Associação Comercial e Empresarial (ACE) de Pompeia, Clarissa Zanoni Kera Arantes, nos 30 dias iniciais do ano registrou-se o crescimento de 2,6%, segundo dados do Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que mensura o comportamento de comerciantes e consumidores, por estar na maior concentração nacional de lojas do País. “Esse crescimento é no comparativo com o mesmo período do ano passado”, destacou a dirigente pompeense, animada com a possibilidade das vendas serem maiores nos 12 meses do ano.
De acordo com os dados apresentados o movimento de vendas do comércio paulistano cresceu em média 2,6% em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano passado. Houve alta tanto nas comercializações a prazo (0,4%) quanto à vista (4,8%). “Os itens de vestuário e os bens de menor valor, aqueles para uso doméstico ou pessoal, foram os responsáveis por segurar o comércio em Janeiro”, disse o presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Alencar Burti, que também está como presidente da Associação Comercial de São Paulo. “É um ritmo ainda moderado, na esteira das férias escolares, mas espera-se que ele acelere ao longo do ano”, comenta o dirigente que acompanha os estudos que são realizados mensalmente.
Para Alencar Burti o motivo das vendas a prazo terem crescido menos se deve a dois fatores fundamentais: os juros – que variaram pouco entre janeiro de 2018 e 2019 – e o dólar, que agora está 15% mais caro, o que prejudica as importações. “Além disso, pode-se aventar a possibilidade da Black Friday ter não apenas tirado vendas do Natal, mas também inibido as liquidações de começo de ano, que em 2019 não aconteceram”, falou em tom de desconfiança. “Os únicos eletrodomésticos que tiveram bom desempenho foram ventiladores e aparelhos de ar-condicionado, em razão do calor”, complementa o dirigente paulistano.
Para fins de comparação, em janeiro de 2018, as vendas a prazo haviam subido mais do que as vendas à vista (6,8% e 2,5%, respectivamente, frente ao mesmo mês de 2017). “Notar crescimento é sempre bom, afinal, esses dados demonstram que o comércio está se superando sempre de forma proporcional”, disse Clarissa Zanoni Kera Arantes, que tem conversado com alguns comerciantes e percebido melhoras no desempenho, mesmo que timidamente. “São Paulo mostra a tendência e cada município tem a influencia de acordo com o tamanho”, acredita a dirigente ao verificar os dados da capital paulista.
Na comparação com dezembro, o movimento do varejo da capital registrou recuo médio de 37,5%, sendo -28,1% nas vendas a prazo e -46,8% nas comercializações à vista. “Trata-se de uma queda sazonal, dentro da média dos últimos três anos, visto que dezembro é o mês do Natal, data mais importante para o comércio”, justifica Alencar Burti, ao ver os dados do Balanço de Vendas que é elaborado pelo Instituto de Economia da ACSP com base em amostra da Boa Vista Serviços. “Mas as vendas aconteceram, porém, nota-se uma mudança do comportamento do consumidor”, disse a dirigente de Pompeia. “Acredito que os índices de Fevereiro manterão o crescimento”, falou Clarissa Zanoni Kera Arantes.
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