18/01/2019
Dirigente pompeense alerta para o exagero nos preços
Vice-presidente da ACE de Pompeia, Marcos José Guilhem, chama a atenção para a carga tributária nos produtos de Verão
O vice-presidente da Associação Comercial e Empresarial (ACE) de Pompeia, Marcos José Guilhem, chama a atenção dos consumidores para elevada carga tributária em produtos muito utilizados no verão, que promete ser quente e chuvoso do começo ao fim, como são os casos de equipamentos como: ar-condicionado e ventilador, que são muito procurados nesta época do ano. “Além de verificar valor e marca, o consumidor precisa se atentar para os tributos embutidos nos preços”, disse o dirigente de Pompeia, em tom de preocupação. “Quem comprar um ar-condicionado de R$ 1.200,00, por exemplo, vai pagar quase R$ 600,00 em impostos, uma vez que a carga tributária incidente sobre o aparelho atualmente é de 49,82%”, exemplificou ao tomar conhecimento de recente tabela publicada. “Quem adquirir um ventilador de R$ 100 vai desembolsar R$ 49,60 em encargos”, acrescentou no comparativo.
Segundo o vice-presidente da diretoria da associação comercial de Pompeia, este tipo de informação consta no levantamento da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) com produtos típicos da estação e respectivas tributações. No topo da lista estão as bebidas alcoólicas: vodca (81,52%), caipirinha (76,66%), uísque (67,03%), chope (62,2%) e cerveja (42,69%). “Sobre esses itens recaem IPI e ICMS altos”, apontou o presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Alencar Burti, ao reforçar o alerta do dirigente de Pompeia. “Se o produto vier de fora do Brasil, há também a taxa de importação, que sofre influência da flutuação do dólar”, explica o, também, presidente da ACSP e da Facesp. “As bebidas não alcoólicas têm mais de 30% de impostos, como refrigerante em garrafa (46,47%), refrigerante em lata (44,55%) e água mineral (31,5%)”, explicou o líder paulistano.
Este trabalho encomendado pela ACSP ao Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), aponta no levantamento que uma diária em hotel tem tributação de 29,56%; já biquíni, maiô e sunga têm carga tributária de 42,19%. Alencar Burti afirma que o peso dos impostos e alta de preços na temporada afetam o bolso do consumidor, ainda mais diante de obrigações tributárias de início de ano como IPVA e IPTU. “O brasileiro precisa fazer uma gestão financeira eficiente”, sugere o dirigente das duas principais instituições que reúnem comerciantes do principal centro varejista do País. “Diferente do que pensam alguns, o mês de Janeiro é preocupante do ponto de vista de planejamento, pois, são muitos os compromissos junto com as férias familiares”, alertou Marcos José Guilhem.
Para o presidente da ACSP, mesmo assim o consumidor está disposto a viajar. “As férias com altas temperaturas estimulam o turismo e o consumo, principalmente em áreas litorâneas, o que pode beneficiar segmentos como o hoteleiro e o gastronômico, além de supermercados e redes de lojas regionais. Isso ajuda a economia como um todo”, reforçou Alencar Burti, ao apontar a tendência de comportamento nesta época do ano. “Dai a importância do planejamento financeiro familiar, para não comprometer outras atividades essenciais”, repete o vice-presidente da diretoria da ACE de Pompeia ao defender uma menor carga tributária, mais postos de trabalho, e menos juros bancários. “Esses três itens são as bases da economia no varejo”, disse Marcos José Guilhem.
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