09/11/2018
Dirigente da ACE de Pompeia fala sobre os R$ 2 trilhões
Marcos José Guilhem, vice presidente da ACE de Pompeia, inconformado com o valor elevado de impostos recolhidos
O vice presidente da Associação Comercial e Empresarial (ACE) de Pompeia, Marcos José Guilhem, ficou surpreso com a antecipação da arrecadação de mais de R$ 2 trilhões conseguidos pelo Governo com um mês de antecedência no comparativo com o ano passado. “Isso mostra o quanto o Governo está recolhendo e fazendo mal uso desse dinheiro”, lamentou o dirigente ao verificar que em 2017 esse valor foi atingido no dia 06 de Dezembro, e este ano atingiu na manhã da última terça-feira, dia 07. “Não podemos continuar aceitando esse tipo de situação”, revoltou-se. “Algo precisa ser feito para que a população seja melhor atendida”, disse em tom de preocupação diante de tantas notícias de desvios, propinas e mal uso do dinheiro público.
De acordo com os especialistas a estimativa para arrecadação total em 2018 é de R$ 2,388 trilhões (contra R$ 2,172 trilhões no ano passado). “A arrecadação está subindo, porém fecharemos o ano com déficit de mais de R$ 100 bilhões”, argumentou o presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Alencar Burti, também em tom de preocupação. “Por isso a equipe econômica do próximo governo precisa focar no controle das contas públicas, manter o teto dos gastos e estimular a privatização de empresas estatais, diminuindo o tamanho do Estado”, opinou o experiente dirigente paulista.
Mas, afinal, o que são todos esses números vultosos e assustadores – milhões, bilhões, trilhões de reais? É o tanto de dinheiro que os brasileiros tiram do bolso para pagar tributos ao governo federal, aos estados e aos municípios. “O Impostômetro informa, em tempo real, os valores que vão para os cofres públicos”, lembrou Marcos José Guilhem, ao dizer que este painel foi implantado pela Associação Comercial de São Paulo no dia 20 de abril de 2005 para chamar a atenção da população para os valores que todos os brasileiros pagam em tributos, que englobam impostos, taxas, contribuições e multas. A data não foi escolhida por acaso. Era véspera de feriado de Tiradentes. Na inauguração do painel, Paulo Goulart ― um dos mais aclamados atores brasileiros, falecido em 2014 ― subiu ao palco e representou um Tiradentes inconformado com a carga tributária do “Quinto dos Infernos” – o quinto (20%) que os brasileiros pagavam em tributos para Portugal pela exploração das riquezas naturais do Brasil colonial.
De acordo com o dirigente pompeense essa foi a forma que a ACSP encontrou para alertar e conscientizar a população para o fato de que ela arca com tudo isso e, em contrapartida, não vê o dinheiro bem aplicado em saúde, segurança, educação. “Isso porque o Brasil tem uma das mais altas cargas tributárias do mundo e não dá o retorno disso à sociedade”, completou o vice presidente da diretoria. “Precisamos ser mais exigentes e pressionar os nossos administradores, para que usem de forma correta todo esse dinheiro recolhido”, deseja Marcos José Guilhem que acompanha mensalmente a performance do impostômetro.
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