03/10/2018
Pompeia se prepara para as vendas no último trimestre
Alencar Burti, presidente da ACSP e Facesp, mostra preocupação com os dias úteis para o comércio
As lojas do comércio da cidade de Pompeia estão se preparando, através da Associação Comercial e Empresarial (ACE) de Pompeia, para as vendas no último trimestre do ano, considerado como o mais forte período para o comércio varejista por envolver o Natal no mês de Dezembro, e ainda as promoções em Novembro e Outubro em que os apelos comerciais são fortes. “Sem data comercial para impulsionar o consumo, o movimento do comércio da capital paulista caiu em média 0,9% em setembro, frente ao mesmo período de 2017, de acordo com o Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo”, disse o presidente da associação comercial pompeense, Rinaldo José Traskini, ao mostrar a importância do último trimestre do ano e ler o levantamento realizado no maior e mais importante centro comercial do País.
De acordo com o presidente da ACSP, Alencar Burti, é preciso criar e procurar atrair os consumidores para as lojas em todos os meses do ano. “Tradicionalmente setembro é um mês fraco para o varejo, pois não conta com data comemorativa”, reforçou o dirigente paulista que também é o presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). “Além disso, neste ano o mês teve um dia útil a menos em relação ao ano passado, o que também prejudica o desempenho das lojas”, comenta o dirigente paulistano em tom de justificativa.
Segundo a pesquisa desenvolvida pela ACSP o sistema à vista ― que abrange roupas, calçados, acessórios ― recuou 3% em setembro na comparação anual, em função da temperatura irregular. “Além disso, o consumidor não está propenso a renovar o guarda-roupa porque o orçamento está sendo comprimido pela alta dos preços de tarifas públicas (luz, transporte, gasolina)”, avalia Alencar Burti. “Sem contar a insegurança com o emprego e a renda familiar”, acrescentou Rinaldo José Traskini. Já o sistema a prazo cresceu 1,3%, “ainda beneficiado pela redução dos juros, uma vez que em setembro de 2017 a Selic estava praticamente três pontos acima do que está agora”, diz Alencar Burti que é apoiado pelo presidente da ACE de Pompeia. O sistema a crédito inclui móveis, eletroeletrônicos e eletrodomésticos.
Na comparação com agosto, o efeito-calendário foi aspecto preponderante para as diminuições de 16,7% e de 1,6% nas vendas à vista e a prazo, respetivamente, resultando em queda média de 9,8%. Em setembro houve 24 dias úteis para as lojas paulistanas operarem e em agosto foram 27. “Essa diferença de três dias foi um fator negativo a mais, visto que o recuo já era esperado, pois em agosto o comércio contou com o Dia dos Pais, fortemente apoiado nos presentes pessoais”, explicou Alencar Burti ao mostrar a importância do funcionamento do comércio de maneira constante. “Contudo, a queda no sistema a prazo surpreendeu e pode ter refletido o baixo patamar da confiança do consumidor, que, inseguro diante de um cenário de incertezas na economia e na política, posterga compras de maior valor”, opinou o dirigente paulistano, que também acredita que a capital paulista dita as tendências do comércio varejista no Brasil.
No período acumulado (janeiro-setembro/2018), as vendas à vista caíram 1,8% no contraste anual, possivelmente impactadas pelo orçamento mais apertado das famílias diante da inflação de serviços públicos. “Assim, não sobram recursos para aquisição de roupas e calçados”, ressaltou Rinaldo José Traskini. O sistema a prazo subiu 6,5%, beneficiado pela base fraca e pelo impulso dado pelas reduções dos juros e pelo alongamento dos prazos. A média dos dois sistemas foi de alta de 2,4%. O Balanço de Vendas é elaborado pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal da ACSP com amostra fornecida pela Boa Vista SCPC.
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